
Colheita
© Nathan de Castro
25052007
Plantei sementes verdes... A ampulheta
jorrou areia e estrelas de saudades.
Para acalmar o peito, o meu poeta
me ensina as estações de insanidades.
Caminho nos pomares de um planeta
sem árvores frutíferas. As grades
dos arados rejeitam a caneta,
mas sigo perseguindo as claridades.
Colhi dois belos filhos nas viagens,
um grande amor nas luas de Luana,
alguns amigos loucos e as miragens...
Feliz eu sou, e a letra não me engana:
— Palavras de poeta: apenas vagens
de uma colheita pobre, doce e ufana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário