FAZ DE CONTA - Claraflor de Maio

FAZ DE CONTA

Não adianta mãe lua,
essa saudade me mordeu outra vez!
Estou morrendo,
estou secando,
como esse ...
que ainda me deixa
sobreviver,
me obrigando a ir e vir
com essa tristeza
que arrasta o corpo
sem vida da inspiração;
Não deixe essas estrelas
cuidado do que se quer a mim
importa mais;
não quero viver,
para estar viva
até o dia que me acompanharei
aonde não quero ir...
Sei que chorarei
pelo amor que torturara os sonhos
escondidos no ventre
da esperança;
irei, me obrigando a sorrir
para todos os olhos espalhados
sobre a renda, a fantasia;
irei levando o buquê,
do que seriam rosas
não fosse a obrigaçãoter dado a eutanasía
aos sonhos que ainda se alimentarão
pela última vez
do que houver de ilusão
em meus arrependimentos;
as esperanças caminhando vagarosamente,
seguindão rumo ao altar do faz de conta:
faz de conta que eu serei feliz,
faz de conta que acredito
que'u saberei fazer de conta,
que o mundo ainda valera uma quilate
dos alheios olhos marrons
que ainda serão meus.

08/05/2007