
LENDARIOS AMORES
Por: Ébano Silva
Não posso me livrar
Dos teus olhos morenos,
Roendo o que restou de nós dois:
Eu e a velha decepção...
Que amores platônicamente impossivéis
E não correspondidos
Deixaram escondidas
Atrás da porta da saudade.
Lecionando-me forças
Para derrotar-me.
Essa entrometida, insuportável
Famigerada, cínica saudade!
Que vei ao tédio dos meus dias
De vida morta e mais ou menos sobrevivida
Que o velho e decorado desamor
Deixou-me de herança.
Ela vem, sem ser chamada
E insiste em demorar,
Naquilo que não quero mais
Se quer por lembrança
Do que sempre esperei que fosse...
E só me serviu de veneno
À velha crença romântica
Em lendários amores.
E rouba o sono,
A esperanças de velhos corações
Remendados por acreditar de novo
Em amores que existem só pra fazer sofrer.
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