18 de mai. de 2007

A luz qye ne desperta - Poulit

A LUZ QUE ME DESPERTA
Por: Poulit


A luz que me desperta cedo
Antes expulsa as sombras minhas
(Trazidas por tudo que antes fui).

Então flui a alma à própria tona
No afã de achar uma janela.
Um vau por onde possa passar
Ao tempo destinado a ela
Em que suas ânsias se calem,
Em que falem respostas claras
Suas malas sempre vazias.

A luz que me toca a espátula
Antes lava cada mácula
E me desarma, e me veste.

Então flui a alma forte e creste
Do ardor do próprio amor à vida,
Luzidia e de novo em brios
Legada a amigos e inimigos;
À sorte, ao azar, ao dia!
Mouro alcazar grato ao nascente
Fulvo, louro... incandescente.

A luz que em meus olhos espelha
(Irrompe a centelha à cadeia)
Liberta o abraço mais aberto.

Então aperta o passo firme
Vazando a casca a alma tão plena
Que engrena as órbitas dos astros,
Que umedece as lonas nos mastros;
E os bastos ventos fluem turvas
Curvas tuas, mosaico do mar...
Lembranças... Da luz do seu olhar.

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