
Que jeito o amor
Por: Marina Castro
Todo mundo cobra o amor.
Cobra deitado, ponderado...
nos idas em que o sono lhe vem...
cobra na palma das mãos,
nos dias em que o espírito nada contém...
Finjo o tempo,
o que me promete de caminhar sem passos
e lamentar atrasos
de se virar em chances remotas
na virada da noite pra cobrar meu amor!
Vem, vento frio!
Toca toda a face pálida do meu rosto
se o teu sentido é desgosto,
a ousadia é meu gosto.
Criamos assim um duelo,
isso é tudo que eu quero!
1997
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