8 de jun. de 2007

Nathan

Enquanto a Voz do Tempo Passa

© Nathan de Castro

Meu verso não pretende ser a estrela guia.
Somente as orvalhadas e a semente acesa,
que um passarim deixou na leira de poesia,
para brotar palavras vivas sobre a mesa.

Meu verso não disputa o trono ou realeza.
Prefere a cama feita de João e Maria:
simplicidade, a casa cheia e a sobremesa
servida no café-com-leite da alegria.

Todos os dias, versos nos jardins da praça:
cenários de um poeta brigando com rimas
feitas de luas cheias, floretes e grades.

Ah! Vida, vida... Enquanto a voz do tempo passa,
eu passo medicando as marcas das esgrimas
e suturando sonhos, paixões e saudades.

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