20 de mai. de 2007

ASFALTO URBANO - Marina Castro



Estou sendo atravessado pela mesma espada
que ainda cheira
a um erro passado!

E enquanto tento descobrir
onde essa dor ira se abrir
vou mordendo meu lábio...
e nada terá peso pra me distanciar
disso ser sábio!

Não quero cura...
se o meu mundo vai querer...
novas lutas pra acertar sua busca!

Não vejo honra em encontar a melhor dessas estradas
tão melhor é qualquer canto...
contando que não se esteja em abandono...
agora eu posso ser mais dono de mim
porque quando sou todo alheio
não me escondo como zelo
por temer o fim...

Meus amigos vão ter sim
o meu sorriso...
e nenhuma noite calada vai me armar cilada
sendo mosca a zumbir meus tormentos...
tenho despertado os sentimentos...

E posso até chorar...
sem faze dessa dor convicção
que só vale pra agora
onde iria jogar porta a fora,
o que tinha seu tempo...
mas não ainda sua hora!

1997

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