Auroras
© Nathan de Castro
Quando o poema foge dos meus dedos
e se esconde nas dunas das saudades,
o sumo e o mel dos frutos são azedos
sabores das canções de tempestades.
Escuto o chape... A música de enredos
lançada sobre as poças de inverdades:
meus campos coloridos de olivedos.
— Mentiras de sonhar felicidades! —
Onde o sabor de oliva nas charnecas
do meu peito?... Somente pedras, sol
e o som desafinado das rabecas
despertam meus sonetos de arrebol.
Nas telas de um poeta, as folhas secas
também “rouxinam“ feito o rouxinol.
20042007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário