18 de mai. de 2007

Auroras - Nathan de Castro

Auroras
© Nathan de Castro



Quando o poema foge dos meus dedos
e se esconde nas dunas das saudades,
o sumo e o mel dos frutos são azedos
sabores das canções de tempestades.

Escuto o chape... A música de enredos
lançada sobre as poças de inverdades:
meus campos coloridos de olivedos.
— Mentiras de sonhar felicidades! —

Onde o sabor de oliva nas charnecas
do meu peito?... Somente pedras, sol
e o som desafinado das rabecas

despertam meus sonetos de arrebol.
Nas telas de um poeta, as folhas secas
também “rouxinam“ feito o rouxinol.


20042007

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