Giz
A faca em seu aço de corte
Lamina de dilacerar,
Parte de ponta a ponta o asfalto
Nos pavimentos metrópole da alma.
Deveríamos unir gente?
Juntar pedaços?
Ciclar laços?
Ou deixarmos espalhados os detritos
Da vida por ai afora?
Toda noite o corpo sangra os lençóis
E lentamente uma ponta fria perfura os dias
De dias de um silencio sem lei.
Chora cidade em morte viva
Fere o vermelho em carne entre dentes,
Tensão, fúria e sangria urbana.
Mas lá fora
Nas entranhas dos músculos da criação,
Ha desenhos de giz no chão.
MARKO ANDRADE
BEIJOS POÉTICOS MINHA AMIGA CLARA
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Um comentário:
Excelente este "Giz", onde o retrato sentido das emoções mundanas, nuas e cruas, estão bem sentidas! Beijinho Clara
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