Adoro essa borracha estranha que apaga sem fricção
Esse botão direito, esse mouse, essa mata-borrão
Quem dera usa-lo para apagar as coisas do coração
Por vezes uso poesia para choromingar a falta de amor
Reclamo por alguém, uma boca, um olhar, um calor
Dividido, micro dose, gotículas de saliva por dez, quinze minutos
Fugidio, escasso, parco, virulento, diminuto esse puto
O corpo macio e quente da dona que passa e não me vê
Os olhos frios de outra que dobra a esquina, tão bela que custo a crer
A como tenho inveja de quem berra de dor, de quem urra de amor que acaba de acabar
Eu só queria ter , pois só acaba o que se tinha e eu nada tenho a dar
Ah! Como eu queria ter sofrido a dor mortal do amor só pra lembrar o que é amar...
Deito-me agora extranho e só, com as mãos frias e o coração rasgado
Coração solidão. Na espera do amanhã, prá bater de novo sonhando em ser amado.
Qualquer amor barato, vadio, alugado, comprado
Um amor de fim de maio, que provoque um desmaio qualquer, o safado
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