8 de jun. de 2007

Marco

TRISTE ?

Hoje estou triste, acuado e oculto dentro da enorme caverna escura da minha cabeça. Só, com meu violão que arpeja Black Bird Fly e Dear
Prudence.
Olho o mundo das janelas tortas e sombrias dos meus olhos cegos,
com medo de ir lá fora e tropeçar no inexorável, bêbado que assaz estou.
Não tento conduzir-me e jamais te darei a mão.
A menos que proves ser minha adorável Dáfne.
Minha amada que sobreviveu às ondas e tempestades do ardiloso Netuno.

Quem poderia salvar-me de um mar denso, turvo e profundo, estranho túmulo no Triângulo das Bermudas ?
Quem trataria dessa vergonhosa antítese de Apolo, dessa derrocada em que me transformei?
Quem, senão minha eterna amada Dáfne.

Minha louca Dáfne...
Onde estarás agora...?
Em que mares revoltos...?

Ouço o cânticos das cigarras azuis, em delírio.
Será você a chamar-me...?

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